sábado, 22 de novembro de 2014

Quando a gente faz o que gosta...

Quando a gente faz o que gosta, trabalho é sinônimo de realização. Continua sendo trabalho, demanda dedicação, esforço, muita vontade, mas acontece. Quando a gente faz o que gosta, acordar no meio da noite porque teve uma ideia é comum, e poder desenvolver essa ideia sem precisar esperar o sol nascer ou o turno começar é um privilégio. Quando a gente faz o que gosta é difícil encarar as pessoas que acreditam pouco, que se desafiam pouco - é difícil encarar que você tem bem menos dinheiro do que o seu projeto precisa e que vai demorar o dobro para que ele se concretize. Vai se concretizar, mas será preciso muita paciência.

Quando a gente faz o que gosta, a fé em nós mesmos precisa ser constante, diária, uma fonte eterna e inabalável de que é possível, sempre. Quando a gente faz o que gosta, receber elogios é a certeza de que estamos nos caminho certo. A fanpage no facebook pode não ter atingido a quantidade de likes que você gostaria, mas certamente em algum ponto você tocou o coração de alguém.

A liberdade de fazer suas escolhas é o prêmio por ter começado a SUA jornada, e uma enorme responsabilidade também. A rotina sem rotina, de poder sair em horário comercial para passear com o cachorro ou viajar no meio da semana para visitar um amigo é incrível... e te faz trabalhar aos fins de semana, à noite e quando todas as outras pessoas estão de folga - é uma troca, simples assim.

Hoje tenho a minha empresa, o meu projeto, meu desafio de todos os dias. Tenho todas as regalias de uma pessoa que "faz home-office" e o ônus de ter que dividir essas horas com a máquina de lavar roupa, vassoura, pia e fogão, e ainda ouvir de vez em quando que já que estou em casa, posso fazer isso ou aquilo. Tenho orgulho do que estou construindo, e essa semana tive a alegria que lançar o meu site - chorei de alegria, sozinha, em casa, e quis dividir esse momento com alguém. A comemoração ficou para depois, quando meu noivo finalmente chegou depois do seu expediente de cartão batido, que por sinal, é o que me permite estar aqui hoje e pelo que sou muito grata. Ter alguém que te apoie e respeite seus ideais é fundamental, e sem ele, que é o amor da minha vida, eu não seria nem um alfinetezinho.

Hoje faço o que gosto, e continuo fazendo o que não gosto em várias ocasiões também. Faz parte, é a vida e até faz bem... faz a gente valorizar o que realmente importa. Então é isso, encontre algo que você goste e batalhe muito, corra atrás, seja feliz e faça feliz. Custa caro, mas vale a pena.

Não deixe de conferir o site da Change, ficou lindo!







quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Magia X Tecnologia

Foto: Disney
Já há algum tempo que, ao longo das temporadas em Orlando, ouço desabafos de guias contando suas frustrações sobre o quanto os passageiros estão cada vez menos interessados na "magia da Disney" e ainda menos preocupados em conhecer as pessoas, cara a cara.

Não é novidade para ninguém que, desde o boom dos smartphones, vivemos mais dentro de nosssos celulares do que fora, e seria até clichê dizer que passamos mais tempo interagindo com o mundo do que com a nossa própria realidade, já que a internet e suas redes sociais agora permitem sermos melhores amigos de infância de gente que muito provavelmente jamais iremos encontrar pessoalmente. Mas a questão aqui nem é essa, eu queria mesmo é te perguntar uma coisa: você que atua ou pretende atuar conduzindo grupos em Orlando, acha, de verdade, que a tecnologia e a internet atrapalham o seu trabalho?

Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Eu, que aprendi com a Tia Ginha (comigo na foto acima) a dizer o carinhoso 'bom dia flor do dia' e que me emociono toda vez que escuto, leio ou mesmo falo da história de Walt Disney, acho que não. Quer um exemplo? Assisti nesta manhã o vídeo Sparked, produzido pelo Cirque du Soleil, e me senti inspirada para escrever especialmente por causa dele! Assista clicando aqui.

Se você trabalha conduzindo grupos em Orlando e acha que é difícil contar a história dos parques e contagiar os passageiros com a tal magia da Disney, repense. Adaptar as atividades para o novo perfil de clientes que viajam em excursão é essencial, e isso inclui você levar seu próprio smartphone e usar as ferramentas disponíveis para facilitar a sua vida, e a deles!

Como você certamente já sabe, a Disney e a Universal oferecem apps gratuitos que mostram o tempo de espera das atrações, entre outras coisas. E como você com certeza também sabe, já existe wi-fi há algum tempo nos parques e shoppings. Fazer uso desses aplicativos é básico, todo mundo faz... o que faz diferença mesmo é como você usa essa tecnologia toda a seu favor.

Foto: Disney

Desafios no instagram, criação de grupo no whatsapp, # especial que identifique seus passageiros, postagens no facebook para tranquilizar os pais... esses e muitos outros são exemplos simples e que abrem um leque imenso de possibilidades para que você, que é um profissional antenado, possa se adaptar e fazer a viagem ser inesquecível.

Não pense que, por estar no celular o dia todo, seu passageiro está totalmente desinteressado no que você tem a dizer. Sem qualquer julgamento ou preconceito: é um jeito novo de viajar, simples assim. Fotografar e postar em seguida deixando os amigos com inveja faz parte! Se ele está ou não realmente vivenciando a cultura, conhecendo pessoas, experimentando coisas novas, bem, essa análise cabe somente a ele, cliente, que escolheu viajar com você porque se sentiria mais seguro assim. Seu trabalho é justamente deixá-lo tranquilo para curtir e compartilhar na rede quantas vezes quiser.

No fim das contas, por mais desligado que esse viajante lhe pareça, quando a saudade de casa aperta e o sinal de internet cai, nada substitui o abraço, o carinho e a atenção especial que só você sabe dar.

Até a próxima. Um beijo... e have a magical day!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Enquanto isso no Chile...

Enquanto isso no Chile... estou de férias!

Bom, nem tanto. É bem comum eu me pegar tirando fotos de coisas bacanas pensando 'meus alunos vão gostar de ver isso' ou mesmo fazer comparações construtivas sobre o que vejo em Santiago todos os dias. Vim para ficar 2 semanas, sem correria, sem aquela neura de acordar cedo e devorar o que a cidade oferece - optamos, eu e o Rafa (meu noivo), por curtir os dias de férias com tranquilidade, e assim estamos fazendo.

Acordamos tarde, curtimos a piscina, ficamos de bobeira tomando vinho na sacada, passeamos por diversos parques com longas pausas para sentar na grama e ver o visual sempre rodeado pelas cordilheiras. Vamos ao cinema, assistimos as séries da Warner em espanhol, comemos coisas diferentes, e paramos para relaxar sempre que temos vontade, afinal, queremos sossego. Isso tudo me faz refletir sobre uma coisa: ao escolhermos uma viagem, precisamos parar um pouquinho e pensar no que estamos buscando, de verdade. Do contrário, é possível que a gente precise tirar férias das férias! De nossa parte, estamos curtindo muito, sem consciência pesada por ficarmos em 'casa' a tarde toda. = )

Coisas legais sobre o Chile: eles usam, e muito, as bicicletas. Hoje mesmo conhecemos uma vinícola lindíssima, e fomos pedalando. Compramos o tour com a empresa La Bicicleta Verde, que eu achei fantástica e recomendo a quem vier pra Santiago. A cidade, aliás, é conhecida por ser uma das mais bike friendly do mundo.

Mais uma coisa bacana sobre Santiago: a cidade tem MUITOS parques, desses com gramados enormes, jardins, trilhas para caminhadas e claro, para as bicicletas. Ficamos surpresos ao ver tanta gente deitada na grama, em vários lugares, em vários horários do dia... sinal de que a vida aqui anda mais devagar, ao menos aparentemente. Descobrimos uma cidade onde moraríamos, felizes da vida!

Ah! Disney lovers de plantão: fomos a um parque de diversões daqui, o Fantasilandia, escrito assim mesmo! Difícil não sentir falta da segurança, atendimento, limpeza, entre várias outras coisas boas dos parques de Orlando, mas valeu a experiência.

Bom... voltamos em menos de uma semana, mas já sentindo saudades de casa, saudades da Polentinha principalmente, nossa filhotinha comprida e orelhuda. E viva o Chile, que é lindo e cheio de lições que nós, brasileiros, vamos levar pra casa - a primeira delas vai ser comprar nossas bicicletas.

Beijos a todos!

Jantarzinho na sacada, o chef mandou muito bem!
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Pôr-do-Sol da cobertura do nosso prédio
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Cerro San Cristobal, vista de Santiago lá de cima
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Os cães chilenos sabem se divertir!
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Pueblito de Los Dominicos - Centro de Artesanatos
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Passeio pela Vinícola Concha y Toro
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Escultura no Cerro Santa Lucia, uma amostra da cultura mapuche
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Fazendo nada no Parque de las Esculturas
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Depois da montanha-russa, achamos melhor ficar na zona kids mesmo...
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal

Vinícola Cousino Macul, bicicleta + vinho na sombra de uma bela árvore, pra quê mais?
Foto: Luciana Ribeiro, arquivo pessoal